O Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro, é implementado pela UNESCO e pela ONU-Mulheres, em colaboração com instituições e parceiros da sociedade civil que têm como objetivo fomentar o papel de mulheres e meninas na ciência. Este Dia é uma oportunidade para promover, de forma plena e igualitária, o acesso à ciência e a participação de mulheres e meninas nessa área. A igualdade de gênero é uma prioridade global da UNESCO, e o apoio a jovens meninas, sua formação e suas habilidades plenas para fazer com que suas ideias sejam ouvidas impulsionam o desenvolvimento e a paz.

Enfrentar alguns dos maiores desafios da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável – que vão da melhoria da saúde ao combate à mudança climática – dependerá do aproveitamento de todos os talentos. Isso significa fazer com que mais mulheres trabalhem nessas áreas. A diversidade na área de pesquisa amplia o grupo de pesquisadores talentosos, trazendo novas perspectivas, novas aptidões e criatividade. Este Dia nos lembra que mulheres e meninas desempenham um papel essencial nas comunidades de ciência e tecnologia e que, por isso, sua participação deve ser fortalecida.

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No caso da comunidade filosófica nacional, a Rede Brasileira de Mulheres Filósofas tem atuado com bastente vigor. Publicou, entre as ações que tem promovido, um Protocolo de Enfrentamento da Violência de Gênero, do qual o Programa de Pós-graduação em Filosofia decidiu, em renião do colegiado, adotar no âmbito da UFS.

No âmbito do Programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal de Sergipe (PPGF), os desafios persistem para a inclusão de mulheres na Filosofia e nos referências teóricos. No corpo docente, há apenas uma professora, Flávia Benevenuto, que pertence ao corpo permanente. Entre os/as discentes, a presença feminina tem se destacado paulatinamente. A egressa do mestrado, a discente Mariana Dias, ganhou menção honrosa pelo prêmio ANPOF devido a dissertação que defendem no PPGF. Porém, as mudasnças ainda estão aquém das transformações que a realidade demanda.

O colegiado do PPGF aprovou a criação de uma comissão interna para discutir as questões de gênero. Entre as propostas apresentadas, houve a sugestão de criação de uma disciplina para discutir a temática, a adesão ao protocolo de enfrentamento da violência de gênero, a atribuição de bônus para a concessão das bolsas de pesquisa e averiguar a possibilidade de abertura de um edital específico para que pesquisadoras possam ingressar no corpo docente do PPGF.

Fonte: com colaboração da UNESCO e Rede Brasileira de Mulheres Filósofas.